domingo, 27 de junho de 2010

Intervenções dos deputados da CDU na Assembleia Municipal de 30 de Abril

Interveio então o sr. Deputado João Duarte para dizer que concordava com a intervenção do sr. Deputado José Robalo (sobre como se deveriam transcrever as intervenções dos membros da Assembleia), considerando que se devia transcrever aquilo que os deputados dizem na Assembleia.

O sr. Deputado João Duarte tomou a palavra para dizer que se ia abster naquele voto de congratulação (pela presença da Selecção Nacional de Futebol no Mundial), porque considerava que o hino que o Carlos Queiroz escolhera devia ser uma canção portuguesa e não uma canção de um grupo norte-americano.

Solicitou a palavra o sr. Deputado João Manata, dizendo que ia votar favoravelmente aquela moção (sobre o 25 de Abril, proposta pelo PS), como não podia deixar de ser, mas havia ali qualquer coisa de contraditório. Percebia muito bem, as pessoas estavam no seu direito, porque algumas haviam votado contra a moção que o Grupo da CDU havia apresentado, falava de algumas coisas incómodas, como as nacionalizações e agora as consequentes privatizações.
Não gostavam muito disso, mas para cumprir Maio, para cumprir Abril, e para de facto o 1º de Maio ser uma realidade, com direitos dos trabalhadores, fora com essas mesmas nacionalizações que se conseguira a melhoria de vida do povo português. O que seria hoje de certas aldeias se a EDP fosse uma empresa que continuasse privada, luz eléctrica nicles, não tivessem dúvidas. Quanto à privatização dos CTT como estava prevista, se a pessoas de Quintas do Espinhal quisessem uma carta, ou a levava o padeiro, ou vinham buscá-la ao Sabugal, não tivessem dúvidas.
E concluiu dizendo que com aquilo era o espírito de Abril que estava completamente a ser subvertido.


Pedindo a palavra, o sr. Deputado João Manata disse que em relação àquele parque eólico (de Sortelha) queria perguntar ao Sr. Presidente da Câmara se já fora feito o estudo do impacto ambiental? Se o Sr. Presidente o poderia esclarecer sobre o local onde ia ser implantado o parque? E que impacto visual iria ter sobre a aldeia histórica de Sortelha?


O sr. Deputado João Manata interveio para dizer que se ia abster, bem como o Grupo da CDU, em relação à recomendação (à Câmara para suspender o alvará do Parque Eólico de Sortelha) pela razão muito simples de que não estava esclarecido. Primeiro tinha que saber qual era a posição da população da Sortelha, era importante a gente saber a posição das populações e o que queriam. Em segundo lugar de facto era favorável às energias limpas, às energias alternativas porque não se podia continuar assim, mas por ouro lado também ficava a pensar que as questões do ambiente, o impacto visual eram importantes e haveria tantos sítios para as pôr que não tivessem impacto… E se se havia falado ali em Espanha porque é que eles não as metiam em Alverca, os Espanhóis que tinham a Penha de Francia, era por isso que ficava com dúvidas e como tal se ia abster naquela recomendação.

Interveio o sr. Deputado João Manata, dizendo que vira na informação das actividades da Câmara, que a Câmara estava a pensar avançar com a obra entre açudes. No seu entender concordava plenamente com aquela obra porque achava que ia embelezar aquela zona, mas era preciso olhar para o Rio que estava na maior lástima de sempre.
Ainda recentemente, quando haviam aberto a barragem, houvera quem se aproveitara, aquilo era óleo, mais parecia um poço de petróleo… Aquilo era brutal de esgotos a céu aberto, era só chegar ali à ponte-açude, saiam esgotos de um cano havia uma série de anos, aquilo de algum lado vinha. A solução, como vinha propondo, era chegar, tapar aquilo e alguém se havia de queixar.
O Rio é que não podia de facto continuar assim, queria dizer, se se ia requalificar todo aquele espaço, e depois quem ali chegava, aquele cheiro nauseabundo a esgotos, considerava que a Câmara deveria fazer todos os esforços para tentar solucionar aquele problema.


Solicitou a palavra o sr. Deputado João Manata para dizer que: Primeiro o Carlos Brito não fora expulso do Partido Comunista Português, saíra porque quisera. Segundo, nunca ninguém fora expulso do Partido Comunista por propor voto secreto. E não dava autorização ao sr. Deputado António Gata para lhe chamar estalinista. Ortodoxo, até fora baptizado na Igreja Católica, a palavra que dissera não era conectada com a religião, mas pronto, ortodoxo ainda podia chamar, porque se fosse ao dicionário, ortodoxo era aquele que procurava a verdade e ele até procurava a verdade. Agora estalinista não lhe dava autorização que lhe chamasse.
Quanto à proposta fazer tanta confusão, para já a Assembleia do Sabugal passaria a ser a única Assembleia do país onde se votaria o Plano e Orçamento por voto secreto, e ao contrário do que o sr. Deputado estava a dizer, a proposta que o sr. Deputado defendia é que era estalinista, porque impunha e proibia, ao contrário da que apresentara que não proibia nada, inclusivamente permitia se a Assembleia o entendesse que o voto fosse secreto no Orçamento.


Na sua declaração de voto o sr. Deputado João Manata disse que votara favoravelmente na sua proposta (do Artigo 41.º do regimento da Assembleia) e que, ao contrário do que ali fora dito era a única proposta que permitia todas as formas de votação, inclusivamente permitia, se Assembleia assim o entendesse, que o voto fosse secreto.

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